Artista: Sörensen, Carlos Haroldo
Sem Título
Técnica: Assemblage
Dimensões: 51 X 51 cm
Carlos Haraldo Sorensen (Bauru SP 1928 – Rio de Janeiro RJ 2008)
... Leia mais
Carlos Haraldo Sorensen (Bauru SP 1928) forma-se em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Brasil em 1958. Em 1952 e 1953 vive em Paris (França) onde freqüenta o ateliê de André Lhote e conhece Picasso, Roonet e Fernand Léger , durante esse período também estuda na Escola Superior de Belas Artes de Paris com Gleizes. Em 1948 trabalha com Di Cavalcanti, com quem pinta inúmeros painéis. Em 1949 faz sua primeira individual, na Cooperativa dos Artistas Plásticos em São Paulo SP. Durante a década de 50 ilustra diariamente inúmeras revistas e jornais com Santa Rosa, Portinari e Sigaud; participa de diversos salões, entre eles o Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura do Rio de Janeiro. Em 1950 organiza o 1º Salão do ART no Clube do Rio de Janeiro, e dois anos depois organiza, junto com grupo de expositores orientados por Lucio Costa e Jorge Amado, o 1º Salão Brasileiro de Arte moderna. Em 1951 ingressa como ator na cia de Jean Louis Barrault – Madeleine Renaut. Entre 1956 e 1970 é diretor de arte na TV Tupi, a convite de Assis Chateaubriand. Entre 1970 e 1981 realiza a criação visual do programa Fantástico e de musicais e novelas da Rede Globo. Participa da 8ª Bienal Internacional de São Paulo em 1965, e em 1976, da Retrospectiva de 35 anos de atividades no MAM/RJ, na Real Galeria de Arte e no MEC, onde recebe o Prêmio Aquisição MEC. Em 1985 expõe no 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, na MAM/RJ. Ilustra diversos livros, desenha figurinos para peças teatrais e recebe diversos prêmios como Prêmio Melhor Figurinista do Ano em 1958 e 1962.
Críticas
“Desde bem moço engravatado pelas rodas artísticas e intelectuais do Vermelhinho, observo, reporto e tento analisar a presença instigante de Sorensen – homem-forma, homem-show, homem-povo, homem-liberdade. E hoje ainda ele continua a irradiar a mesma ambiguidade e expectativa, embora o calo do ofício e os muitos macetes que quase conduzem ao ceticismo. O antigo corpo-máscara-travestimento de todas as técnicas visuais, transformador de ambientes e de comportamentos, chega aos 60 anos com novos processos, novas formas e novos riscos. Agora com ambições antropológicas, na fusão dos elementos vivenciados e transformados. (…) Em todas as manifestações ou estudos de artes destes últimos 35 anos, lá estava ele, estressante e um pouco alucinógeno. Fazia de tudo – pintura, tapeçaria, cenografia, cerâmica, arquitetura, cinema, imprensa – e muitos carnavais, em que se dava por inteiro, numa ação fantasiosa e corporal próxima do colapso nervoso. Sorensen já me envolvia em seu potencial multifacetado, mas na época provocava certas cautelas – ou certas covardias. Mas, em 1953, disse algo sobre seu trabalho. Em todo aquele ecletismo nada havia de epidérmico ou que justificasse problemas íntimos, lastimavelmente sempre desaguado no ´artístico´. Sorensen estudou muito, aqui e no exterior. Mas não se fez erudito – preservou as forças da intuição: cultivado mas não culto – queria gerar cultura. Nunca rotulou ou planejou muito mas questionava tudo, violentava hipocrisias, amoral em seus fascínios libertários, bem anterior aos recados dos hippies”.
Jayme Maurício
SÖRENSEN. Sorensen. Apresentação Jayme Maurício. São Paulo : Chroma Galeria de Arte, 1987. [7] p. il. p&b color.
Exposições Individuais
1949 – São Paulo SP – Primeira individual, na Cooperativa dos Artistas Plásticos
1955 – Rio de Janeiro RJ – Individual com trabalhos de 1945 a 1955, na Galeria Exclusividades
1956 – Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva da Pintura Brasileira, na Enba
1956 – São Paulo SP – Individual, na Galeria Vimart
1956 – Tel Avive (Israel) – Individual, no Museu de Tel Avive
1976 – Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva de 35 anos de atividades, no MAM/RJ – Prêmio Aquisição MEC
1976 – Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva de 35 anos de atividades, na Real Galeria de Arte – Prêmio Aquisição MEC
1976 – Rio de Janeiro RJ – Retrospectiva de 35 anos de atividades, no MEC – Prêmio Aquisição MEC
1976 – São Paulo SP – Individual de inauguração do Teatro Brigadeiro
1987 – São Paulo SP – Individual, na Chroma Galeria de Arte
1987 – Rio de Janeiro RJ – Individual, no São Conrado Studio de Arte
1987 – São Paulo SP – Individual, na Galeria Valoart
1987 – Buenos Aires (Argentina) – Individual
1991 – Maceió AL – Individual, na Galeria Villa Bernini
1992 – Salvador BA – Individual, na MCR Galeria de Arte
Exposições Coletivas
1946 – s.l.- Salão de Arte do Interior do Estado de São Paulo – medalha de bronze
1950 – Rio de Janeiro RJ – 1º Salão do Art-Clube do Rio de Janeiro
1950 – Rio de Janeiro RJ – 4º Salão Militar de Belas Artes – medalha de bronze
1951 – Rio de Janeiro RJ – 56º Salão Nacional de Belas Artes
1951 – Rio de Janeiro RJ – 5º Salão Militar de Belas Artes – medalha de prata
1952 – Rio de Janeiro RJ – 1º Salão Brasileiro de Arte Moderna
1952 – Rio de Janeiro RJ – 1º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1953 – Paris (França) – Mostra – Cerâmica e Nanquim, na Galeria Dina Verri
1953 – Rio de Janeiro RJ – 2º Salão Nacional de Arte Moderna, no MNBA
1953 – Rio de Janeiro RJ – 4º Salão de Naturezas Mortas, no Theatro Municipal
1954 – Goiânia GO – Exposição do Congresso Nacional de Intelectuais
1954 – Rio de Janeiro RJ – Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura
1955 – Rio de Janeiro RJ – 4º Salão Nacional de Arte Moderna
1956 – Londres (Inglaterra) – Coletiva, na Tate Gallery
1956 – Nova York (Estados Unidos) – Mostra, na Galeria Ruth Cohen
1956 – Rio de Janeiro RJ – 1º Salão Ferroviário, no MEC
1956 – Rio de Janeiro RJ – 5º Salão Nacional de Arte Moderna
1957 – Rio de Janeiro RJ – 6º Salão Nacional de Arte Moderna
1958 – Rio de Janeiro RJ – 7º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1958 – Rio de Janeiro RJ – Salão do Mar
1959 – Rio de Janeiro RJ – 8º Salão Nacional de Arte Moderna, no MAM/RJ
1963 – Lagos (Nigéria) – Mostra, no Nigerian Museum
1963 – São Paulo SP – 7ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1964 – Rio de Janeiro RJ – O Nu na Arte Contemporânea, na Galeria Ibeu Copacabana
1965 – São Paulo SP – 8ª Bienal Internacional de São Paulo, na Fundação Bienal
1975 – Belo Horizonte MG – 7º Salão de Arte Nacional
1985 – Rio de Janeiro RJ – 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1986 – Rio de Janeiro RJ – Coletiva de inauguração do São Conrado Studio de Arte
1986 – Rio de Janeiro RJ – Exposição Brasil, no São Conrado Studio de Arte
1986 – São José dos Campos SP – Coletiva Entreartes
1987 – Rio de Janeiro RJ – Homenagem à Villa-Lobos, na Galeria Basílio
Fonte: Itaú Cultural
... Ler menos